Medida faz parte de plano de recuperação judicial. Entre março e abril 25 lojas deficitárias já foram fechadas.
Outras 26 lojas serão encerradas as suas atividades ao longo de maio, segundo mensagem enviada aos acionistas. A varejista tem uma dívida líquida estimada em mais de R$ 461 milhões, segundo o balanço feito no primeiro trimestre de 2023.
“Estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e reestabelecer a isonomia tributária”, diz o comunicado assinado por João Pinheiro Nogueira Batista, diretor-presidente da Marisa.
Um dos fatores apontado pelo grupo varejista para as medidas de recuperação estão o cenário macroeconômico adverso, as importações ilegais sem a devida tributação e as elevadas taxas de juros.
No entanto a empresa teve números expressivos no 1° trimestre de 2023. Com um crescimento de 1,3% no varejo em receita líquida, alcançando cerca de R$ 440,5 milhões. A empresa afirmou que teve um melhor desempenho de vendas em suas lojas físicas.
Já em vendas pelo seu canal digital a empresa obteve uma queda de 32,5% de faturamento, com receita bruta de R$ 43,1 milhões, entre janeiro e março deste ano, contra R$ 63,8 milhões do 1º trimestre do ano de 2022. Resultando em um prejuízo líquido de R$ 148,9 milhões, 64,2% de aumento em comparação ao mesmo trimestre de 2022.