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COLUNA DO GERSON: Sérgio Papellin, o primeiro grande reforço

Por Gerson Nogueira

O Remo anunciou oficialmente ontem a contratação do executivo Sérgio Papellin. Um reforço de peso para a ambiciosa campanha que o clube pretende fazer na Série C 2024. Com um contrato de três anos, coincidindo com o tempo de mandato da gestão de Antonio Carlos Teixeira, Papellin surpreendeu a torcida e os dirigentes do Fortaleza com sua decisão.

Sérgio Papellin – Executivo de Futebol do Remo – Foto: reprodução.

Optou por deixar o Fortaleza, clube estruturado e vencedor, que está a caminho do sexto ano consecutivo na Série A e atual vice-campeão da Copa Sul-Americana 2023. Acumulou prestígio e admiração no Leão do Pici, onde estava desde 2017.

Vem para o Remo, que vai disputar pela terceira vez a Série C no próximo ano. A proposta salarial foi considerada irrecusável, mas não explica por completo o motivo de sua opção.

Há sete anos no Fortaleza, Papellin tinha um cargo assegurado na SAF do clube a partir de 2024. “Essa minha ida para o Remo é uma retomada na carreira, um reinício, uma motivação a mais na sua vida. Não vejo como loucura”, explicou o próprio à imprensa cearense.

Quando começou a negociar com o Remo, ele já havia sido procurado pelo presidente Marcelo Paz, do Fortaleza, para assumir o cargo de diretor de futebol. Foi informado dos planos para a implantação do modelo SAF, já aprovado em votação no clube.

O fato é que, pela qualidade de seu trabalho, Papellin se tornou um executivo valorizado no mercado e poderia ter buscado outros caminhos, mas foi tocado pelo desafio de crescer com o Remo.

A troca surpreendeu o próprio presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, que já havia conversado com Papelin para a temporada de 2024, quando o Tricolor colocará em curso o modelo de SAF, aprovado em votação.

Depois de renunciar ao Fortaleza, ele reencontra o Remo 16 anos depois em clima de mobilização e pressão por resultados. A temporada ruim neste ano impulsiona um processo de mudanças e ações ousadas, das quais a contratação de Papellin é a primeira de grande vulto.

Minelli, um ‘professor’ revolucionário e injustiçado

Nenhum estudo sério sobre técnicos brasileiros pode negar a Rubens Minelli uma posição destacada, lá no alto. Aposentado na metade dos anos 90, após trabalhos que não honraram sua competência, ele morreu ontem um tanto esquecido, injustamente.

Mentor de técnicos como Felipão, Carpegiani e Cuca, Minelli marcou época como um estrategista afiado. Foi o primeiro a conquistar o Campeonato Brasileiro em sequência (1975 e 1976, pelo Internacional, e 1977, pelo São Paulo).

À sua maneira, Minelli foi um revolucionário, pelos métodos pioneiros que usava para montar seus times e até por inovações táticas que perduram até hoje. Seguramente, foi o primeiro técnico brasileiro a valorizar o lado tático do jogo e um especialista em “ler” os adversários.

Lançou o modelo de meio-campo com três, depois botou mais um e cravou o que seria a opção dominante nos anos seguintes. Fiel discípulo do futebol de velocidade que fez furor na Copa do Mundo de 1966, com a consequente derrapada de um Brasil lento demais.

O momento mais grandioso de Minelli foi no Internacional quando meteu a mão na massa e alterou até os métodos de treinamento, transformando o Colorado numa máquina de vitórias. Escalado num surpreendente 3-1-2-3, foi o primeiro time com três zagueiros.

Marinho Peres era líbero, enquanto Figueroa, Vacaria e Claudio cuidavam da marcação direta aos ataques inimigos. Minelli usou a experiência de Marinho em jogar sobra e apoiar o ataque, após ter sido dirigido pelo holandês Rinus Michels.

Em seguida, aproveitou todo o talento de Paulo Roberto Falcão para fazer de sua linha de volantes um diferencial em relação aos adversários que seguiam praticando o velho 4-2-4. Habilidoso, Falcão aproveitava as brechas de marcação e às vezes se tornava um quarto atacante.

Minelli fez muito mais coisas durante a longa carreira. Foi também esquecido pelos donos do futebol no Brasil e visto, durante muito tempo, como um dos mais injustiçados de seu tempo, sem ter tido a chance de treinar a Seleção.

O relativo esquecimento de seu nome retrata bem essa situação, mas ninguém pode negar que foi um dos gigantes de seu tempo.

Papão contém ansiedade antes de divulgar contratações

Acada dia, o torcedor alviceleste é brindado com uma enxurrada de nomes especulados nas redes sociais e até mesmo pelos mais apressadinhos da mídia esportiva. Ontem, voltaram a circular boatos sobre Nicolas, Aylon, José Aldo e Fábio Sanches.

Fontes ligadas à diretoria revelam que o clube já fechou com pelo menos 12 jogadores, mas só irá divulgar os nomes depois da última rodada da Série B, no próximo final de semana.

É até possível que alguns jogadores que se destacaram no PSC há alguns anos sejam contratados para a Série B 2024. O problema é que a competição exige muito no aspecto físico, com duas partidas semanais, e alguns dos citados já estão na faixa acima dos 33 anos.

O certo é que a busca por reforços continua, com foco na contratação de um novo goleiro, três laterais, quatro volantes, dois meias e quatro atacantes. A primeira lista deve contemplar jogadores para essas posições.

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