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OPINIÃO: Paysandu e Remo entram com metas similares, mas em momentos distintos na Série C 2023

Por Rodolfo Marques

Começou, nessa terça-feira, 02, mais uma edição da Série C do campeonato brasileiro de futebol. A terceira divisão nacional tem 20 clubes, que jogam em turno único; classificam-se as oito equipes que mais pontuarem e elas serão dispostas em dois quadrangulares semifinais – os chamados quadrangulares do acesso. Os dois primeiros de cada subgrupo avançam para a Série B, em 2024.

As duas principais equipes do Pará, Paysandu e Remo, disputam mais uma vez a competição. O Papão vai para a sua quinta edição consecutiva, enquanto o Leão disputou a Série C entre 2015 e 2020, passou pela Série B em 2021 e retornou à Terceirona em 2022.

Tanto Paysandu quanto Remo buscam o sonhado acesso, que elevaria ambos a um outro patamar financeiro, gerando novos investimentos em infraestrutura e nos próprios elencos de futebol.

Entre 2019 e 2022, o Paysandu “bateu na trave” no acesso. Nas quatro edições, o bicolor paraense avançou à segunda fase, sucumbindo na reta decisiva. Em 2019, perdeu no mata-mata para o Náutico, na chamada “Batalha dos Aflitos”, e nos três anos seguintes, houve campanhas fracas nos quadrangulares.

Em 2023, o Papão passa por um momento instável, com a recente troca no comando técnico e com as recentes eliminações na Copa do Brasil (para o Fluminense) e na semifinal do Parazão (para o Águia de Marabá). Marquinhos Santos, que esteve no Paysandu no final de 2017 e no início de 2018, em momento de ascensão na carreira, é o novo treinador, em substituição ao contestado Márcio Fernandes. O clube está com um elenco numeroso, embora tenha promovido dispensas e novas contratações.

Com o cenário atual, o indicativo é que o Paysandu corra por fora, para buscar uma das oito vagas para a segunda fase. Há uma aposta evidente nos atacantes Mário Sérgio, Bruno Alves e Vinícius Leite. Os ajustes no time deverão ser feitos no transcorrer da competição – e, no meio disso, o Papão disputa o terceiro lugar do campeonato local, contra o Cametá, e as finais da Copa Verde, contra o Goiás. Em tais duelos, caso seja vitorioso em pelo menos um deles, o clube garante vaga na Copa do Brasil em 2024.

Mário Sérgio (artilheiro do PSC na temporada) – Foto: ASCOM/Paysandu

Já o Remo também coleciona duas eliminações nessa temporada: na semifinal da Copa Verde, para o seu rival; e na Copa do Brasil, para o Corinthians. Foram dois momentos decepcionantes, pois, em ambos os casos, o clube azulino esteve bem perto de obter a vaga, após ter obtido vantagem nos jogos de ida. Ambas as eliminações ocorreram após disputas nos tiros livres diretos na marca do pênalti.

Todavia, o Remo parece ter rapidamente virado a página. Venceu com autoridade o Cametá, na semifinal do Parazão, e chega à final da competição com favoritismo contra o Águia, embora a equipe marabaense queira, por óbvio, surpreender. O time azul-marinho, aparentemente, já esqueceu também a derrota na reabertura do Mangueirão, para o Paysandu. O Remo teve mais tempo para se preparar para a temporada e, na Série C que ora se inicia, busca um desempenho melhor do que em 2022, quando tinha um dos elencos mais caros, mas que não conseguiu sequer avançar à segunda fase.

As perspectivas são boas para o Leão, em especial contando com a boa fase técnica dos seus dois principais jogadores – Pablo Roberto e Muriqui –, com a entrada na equipe titular de Jean Silva, e com um dos seus artilheiros que emerge do banco de reservas (Fabinho). O time azulino parece bem conectado com as ideias de jogo do treinador Marcelo Cabo e precisa de um bom início na competição nacional para manter um ambiente de tranquilidade.

Muriqui (artilheiro do Remo na temporada) – Foto: Vitor Reis

As cartas estão na mesa! O que esperar, então, de Papão e Leão?

Alea jacta est – como diz a expressão latina, a sorte está lançada para os titãs do futebol paraense.

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